Tampa de sepultura: Dona Maria de Castro

MSCV E0057 | 1CL

Nesta primeira sala apresentamos uma laje tumular em calcário, proveniente da nave norte do Claustro. A tampa de sepultura, que cobria os restos mortais de Dona Maria de Castro, encontra-se atualmente na exposição permanente.
No espaço central da laje, delimitados por moldura simples, dois desenhos heráldicos representam, respetivamente, as armas da família Castro (legítimos) - com as treze arruelas - e um escudo partido com as armas de Aragão, no primeiro quartel e, no segundo, com as de Vasconcelos.
A inscrição, em caracteres góticos, insere-se em moldura disposta em redor da tampa e identifica a defunta.

Leitura: Aqui jaz a muito virtuosa senhora Dona Maria de Castro, filha de Dom Fradique e de Dona Brites de Vasconcelos, a qual se finou aos 26 de agosto. Era do Senhor (ilegível).
Jesus.

Datação: Século XV - 26 de agosto de 14 […].
Dimensões máximas: Comprimento – 200cm; Largura – 80cm; Espessura – 10cm

Maria de Castro era filha de D. Fradique de Castro, o Tagarote, (†1463 ?) e de D. Beatriz de Vasconcelos. O seu pai era cavaleiro-fidalgo da Casa do Infante D. Henrique e membro do Conselho do regente D. Pedro, duque de Coimbra, em 1449. Por via materna, Maria de Castro é familiar do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, cuja irmã, Leonor Pereira, é sua avó. Por via paterna, tem ligações familiares com D. Inês de Castro, que é meia irmã, por via bastarda, do seu bisavô Fernando Rodrigues de Castro.