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Guerra Santa - ‘jihād’ - داهج
A longa história das comunidades do Mediterrâneo representa hoje um inquestionável legado de diálogo intercultural, sabedoria e humanismo.
Mas, esta foi, também, uma história feita de conflitos intensos, motivados por vontades expansionistas e políticas de controlo do comércio marítimo no Mediterrâneo, de que são exemplo as Guerras Púnicas (264 a.C. a 146 a.C.).
Todos estes conflitos, também eles parte da herança cultural do mediterrâneo, moldaram, ao longo dos séculos, a configuração geográfica, política e cultural dos 42 países que integram, hoje, a União para o Mediterrâneo.
Nesta primeira sala apresentamos Domingos Joanes (séc. XIII), um cavaleiro que, como milhares de outros cavaleiros do período medieval, atravessou o Mar Mediterrâneo, com o seu elmo, a cota de malha, o escudo de armas e espada, os sapatos de bico e esporas, para conquistar a "Terra Santa" ou combater "os infiéis".
Entre os séculos XI e XIII, estes movimentos militares, que hoje denominamos de “Cruzadas”, levadas a cabo, por exemplo, pelos poderosos cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários) e pelos Cavaleiros Templários, partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa com o objetivo claro de conquistar, ocupar e manter “os infiéis” sob domínio cristão. Contudo, pese a intenção bélica, estes movimentos de Cruzada acabaram, também, por contribuir para o desenvolvimento do comércio com o Oriente e para a abertura de novas rotas e relações entre os povos.
O cavaleiro Domingos Joanes (séc. XIII), esculpido por Mestre Pêro (séc. XIV) representa o arquétipo do Cavaleiro Medieval, moldado pelas Cruzadas, à luz da mentalidade europeia.
Descrição técnica:
Séc. XIV | MNMC 704
O cavaleiro representa Domingos Joanes, sepultado na Capela dos Ferreiros. Os atributos militares representados – elmo, cota de malha, escudo de armas e espada, sapatos de bico e esporas – e heráldicos – escudo de azul, com aspa de prata acompanhada de quatro flores-de-lis de ouro – ostentam a exaltação dos valores militares. Estes estão integrados num contexto funerário, associando o cavaleiro a uma dimensão religiosa, característica da espiritualidade medieval.
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