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A exposição "A MORTE NA CLAUSURA - MEMÓRIAS EPIGRÁFICAS" procura dar a conhecer alguns dos indivíduos que faziam parte da comunidade do Mosteiro de Santa Clara de Coimbra, entre os séculos XV e XVI, os cargos que ocuparam e as respetivas ligações familiares dentro e fora do convento.
Apesar de as 69 lajes de sepultura existentes na clausura não permitirem, na sua maioria, conhecer a identificação do indivíduo ali sepultado, foi possível, com base na informação epigráfica e heráldica, recolhida em dez lápides funerárias e dois faciais de arca tumular, identificar duas Donas, sete religiosas, e um indivíduo que apenas apresenta o apelido familiar.
As Donas eram senhoras viúvas e raparigas solteiras – estas, por opção própria ou familiar, escolhiam o celibato – recolhidas no mosteiro, que integravam a comunidade e podiam, ou não, professar.
Entre as sete religiosas, seis adotaram o nome de profissão. De facto, parece ter havido, entre as religiosas, uma preferência em abandonar o nome de família e adotar um nome de profissão, conforme foi proposto durante o Concílio de Trento (1545-1563), que pretendia um retorno aos princípios de humildade previstos nas ordens mendicantes.
De um modo geral, em Santa Clara, a morte é “anónima”.
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